domingo, 31 de agosto de 2008

Geléia de Rosas - Bolo de Polenta Com Figo Seco


Na falta de um receita de família, fui buscar em meus livros e revistas de culinária algo interessante para participar do desafio La Polenta promovido pelas meninas do "Quattro Ragazze Brasiliane Nella Cucina Italiana".

Encontrei numa Claudia Cozinha essa receita do pesquisador italiano Andrea Cavicchioli. A revista dizia que PINZA é um doce natalino tão popular na Itália quanto o Panetone e o Pandoro.

Busquei na net mais informações e descobri que PINZA é típico da região de Trevignano, no Vêneto, onde é feito à base de farinha de milho e especiarias (passas, pinholes, figos secos, semente de funcho, cascas picadas de tangerina e laranja, suco de limão e tangerina). Antigamente PINZA era cozido nas cinzas das fogueiras, embrulhado em uma espessa camada de folhas de repolho. É usualmente comido no primeiro dia do ano e cada família prepara seu PINZA com diferentes ingredientes, mas segundo a tradição, você deve comer sete diferentes pedaços se quiser ter sorte.

Fiquei bastante curiosa e resolvi testar a receita. Adorei o resultado, ficou um bolo lindo, delicado, com textura de polenta macia, úmido, leve e pouco doce. Perfeito para acompanhar um café quentinho.

Fiz algumas alterações na receita original: no lugar de abóbora cristalizada, que eu não tinha, coloquei damascos secos, aumentei um pouco a quantidade de açúcar e usei Lemoncello ao invés de Grappa.

Perfeito!




BOLO DE POLENTA COM FIGO SECO

- 1/2 xícara de damascos secos picados
- 1/2 xícara de figo seco picado
- 1/2 xícara de uva passa branca
- 1/4 xícara de lemoncello (ou grappa ou pinga)
- 5 colh. (sopa) de manteiga
- 4 xícaras de leite
- 1 pitada de sal
- 250g de farinha de milho pré-cozida para polenta
- 1 ovo
- 4 colh. (sopa) de farinha de trigo
- 1 colh. (chá) de fermento em pó
- 1 colh. (sopa) de sementes de erva-doce
- 6 colh. (sopa) de açúcar

Numa tigela pequena misture o damasco, o figo, as passas e o lemoncello. Reserve.
Derreta a manteiga em uma panela grande, adicione o leite e o sal e ferva.
Acrescente aos poucos a farinha de milho, mexendo sempre com um colher de pau até engrossar. Retire do fogo, passe para uma tigela grande e deixe amornar.
Bata ligeiramente o ovo e adicione à massa, junte as frutas secas (com o caldo do lemoncello) e mexa bem. Acrescente a farinha de trigo aos poucos, sempre mexendo. Junte a erva-doce e o açúcar e por último o fermento.
Asse em forma redonda (24 cm de diâmetro) untada em enfarinhada, em forno pré-aquecido, por aproximadamente 1h ou até dourar e ficar crocante por fora.
Para finalizar reguei o bolo ainda quente com uma caldinha feita de água morna, açúcar e um pouco de canela em pó. Decorei com as frutas secas e pistache.


Buen Provecho!

Renata Gaeta - Geléia de Rosas

sábado, 30 de agosto de 2008

Cerejinha - Polenta Alla Donna Anna

Demorou mas chegou. Estava ha muito tempo querendo postar a receita esplêndida da polenta da minha vó para o desafio do blog Quatro Ragazze Brasiliane Nella Cucina Italiana (link ao lado). Esta polenta está a muitos anos em minha família e é apreciada por todos. Já aprendi a fazer mas é impressionante como nunca sai igual à quando a minha avó faz. Só pode ser as mãozinhas mágicas de vovó. Minha avó veio cedo da Itália e desde criança morou no interiro de São Paulo, numa cidade chamada Descalvado. Sempre trabalhou muito e cuidou de todos os irmãos mais novos. (só 9) e numa fazenda, só poderia comer coisas boas e saudáveis, quer dizer, nem tão saudáveis pois ela conta que a gordura mais usada para fazer quase todo tipo de comida era a banha de porco. Mas é só olhar para ela e ver o quão saudável foi sua vida pois ela está com 86 anos e é mais ativa e tem mais pique que todos juntos aqui de casa. E ai de quem se aproxima de seu fogão, imaginem, eu, recém chef de cozinha, querendo fazer meus testes, minhas comidas, e ela palpitando em tudo, achando que quase tudo que estou fazendo está errado, não vai dar certo...é hilário. Tanto que quando disse que iria fazer a polenta ela já logo ralhou: - Mas eu que vou fazer né, vc só vai ollhar....Eu disse, não senhora, eu vou fazer....Mas mesmo assim, a polenta ficou com metade minha mão e metade dela. É uma polenta de conscistência mais pra mole, que vai um bechamel bem temperadinho e um molho Bolonhesa, gratinando-se no final com o parmesão ralado. Eu já fiz minhas adaptações, faço o Ragu de fraldinha em vez do bolonhesa e gratino com Gruyere. Mas, como é a vez da polenta de família, seria um crime mudar a receita da vovó. Então hoje, é ela quem posto aqui, para esse delicioso desafio. Com vocês a Polenta Alla Donna Anna.


POLENTA ALLA DONNA ANNA

Ingredientes Polenta: A proporção é sempre a mesma. Para 1 litro de água usa-se 1 xícara e 1/2 de Fubá e 1 colher de sopa de manteiga. Essa polenta tem que ficar bem molinha, para comer misturada aos molhos. Minha avó usa uma receita para 2 litros de água que serve 5 pessoas bem servidas. Mistura-se tudo numa grande panela. A água, o fubá, a manteiga e o sal. E ai é só cozinhar, o segredo de uma boa polenta e deixar ela atingir o ponto e o tempo de cozimento certo. Demora um pouco, pois ela bem cozida é que fica bom.

Ingredinetes Bolonhesa: 1/2 Kilo de carne moída de primeira, 1 cebola picadinha, 2 dentes de alho picadinho, Oléo para fritar, sal e pimenta do reino, Um punhado de salsinha bem picada, 1 litro de molho de tomate batido sem temperar.

Faz Assim: Frite a cebola no óleo, quando a água der umja boa secada, junte o alho e frite mais um pouco. Junte a carne e refoguea até estar cozida. Tempere com o sal, a pimenta e a salsinha. Junte o molho de tomate e agrege um ao outro. Experimente o tempero e acerte se necessário. Reserve

Ingredientes Molho branco: 100 gr de manteiga, 100gr de farinha de trigo, 750ml de leite, 1/2 cebola picadinha, Nóz moscada ralada, sal e pimenta do reino.

Faz Assim: Faça um roux. Derreta a manteiga e frite a cebola. Junte a farinha de trigo de uma vez e deixe dar uma douradinha. Vá juntando o leite aos pouquinhos e mexendo vigorosamente para não empelotar. Deixe engrossar e tempere com sal, pimenta e a nóz moscada. Reserve. obs. Se após colocar o leite o molho não engrossar o suficiente, acrescente uma colherzinha de café de amido de milho dissolvido em um pouquinho de leite. O molho não pode ficar muito grosso.

Montagem: Num grande refratário, ponha um pouquinho do molho vermelho no fundo, em seguida metade da polenta, o molho vermelho todo (deixe um fundinho de molho para a a finalização), a outra metade da polenta e o molho branco todo. Decore por cima do molho branco com o fundinho de molho vermelho e polvilhe queijo parmesão ralado. Leve gratinar e sirva com uma bela salada de folhar verdes e um bom vinho. É de comer de joelhos!!








Mangia che te fa bene!!

Carol - Cerejinha

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Polenta com ratatouille

Finalmente consegui fazer minha polenta!

Muito vegetariana, com ratatouille :)

Recebi várias receitas de meus amigos italianos polentoni (pessoas do norte da Itália), mas realmente nenhuma me inspirou, mesmo já as tendo provado. Com os 35º a que ultimamente sobrevivemos seria cruel comer cotechino (espécie de salame de carne de porco, que os italianos costumam comer na época do Natal) ou mesmo um brasato (espécie de rosbife ao molho de vinho tinto) bem condimentado... Assim, aí vai minha polenta com ratatouille.


Polenta com ratatouille

1 berinjela média picada - 8 colheres de sopa de azeite de oliva extra-virgem - 1 abobrinha média picada - 2 cebolas médias fatiadas - 1 pimentão vermelho fatiado - 3 dentes de alho amassados - 3 tomates médios cortados em cubos – sal - pimenta dedo de moça – alecrim – salsinha

2 litros de água - 1 colher (sopa) de sal - 2 colheres (sopa) de manteiga - 400 g de farinha de milho

Salpique a berinjela com sal e coloque-a em um escorredor de macarrão por 20 minutos para que perca a água. A seguir, lave bem e seque com papel toalha. Em uma panela, aqueça 3 colheres (sopa) de azeite e refogue a berinjela até dourar. Junte a abobrinha e refogue por mais 2 minutos. Retire da panela e reserve. Coloque o restante do azeite na mesma panela, adicione a cebola, os pimentões, o alho e o tomate e refogue por mais 5 minutos. Junte a berinjela e a abobrinha. Deixe cozinhar até reduzir o líquido e engrossar o caldo. Acerte o sal e acrescente as ervas e a pimenta.

Coloque a água para ferver e acrescente o sal e a manteiga. Assim que iniciar a fervura, comece a acrescentar a farinha de milho aos poucos, mexendo sem parar para que não empelote. Colocada toda a farinha, continue a mexer regularmente. Para um perfeito cozimento, o ideal é que a polenta cozinhe por 30 minutos em fogo baixo, mexendo sempre.

Adriana Haddad - Rosmarino e Prezzemolo

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Cafezinho das Cinco - Ciabatta di Polenta i Baccala


A Polenta que era considerada "comida dos pobres", hoje frequenta o cardápio de restaurantes sofisticados. Sem mais esta conotação "rústica" e muito bem acompanhada ela tem que ser preparada com ingredientes de primeira para preservar a textura e a cremosidade, que são características deste prato de origem incerta, mas que chegou aqui pelas mãos dos imigrantes italianos. A polenta por ter sabor neutro permite acompanhar várias receitas. Pode ser servida sozinha, com molhos ou recheada, da maneira que mais lhe agradar. Quando servida com ingredientes sofisticados torna-se um prato bastante fino.
Como aprecio a cozinha italiana, não poderia deixar de participar deste desafio proposto pelas amigas do blog Quattro Ragazze Brasiliane Nella Cucina Italiana. A culinária italiana com a sua grande variedades de molhos sempre me inspira para experimentar novas combinações. Este prato era servido como antepasto em um restaurante italiano aqui em Brasília.


Ciabatta di Polenta i Baccala, são fatias de polenta grelhadas, cobertas de bacalhau desfiado cozido em molho de tomates frescos, ervas aromáticas e vinho branco. Um "antipasti" que ficou na lembrança.


Ciabatta di Polenta i Baccala
Polenta
Ingredientes:
400g de fubá de milho
2 litros de água
1 colher (sopa) de óleo
sal
Modo de Fazer:
Leve 1 litro de água ao fogo, juntamente com o óleo e o sal.
Dilua o fubá em 1 litro de água. Reserve.
Quando a água que está no fogo começar a ferver acrescente o fubá, mexa constantemente por alguns minutos até a polenta soltar da lateral da panela.
Unte uma forma retangular com óleo e coloque a polenta. Passe uma espátula por cima para nivelar e ficar regular. Deixe esfriar completamente. Depois de fria, corte as fatias retangulares e leve para grelhar dos dois lados, formando uma crostinha crocante. Reserve.

Bacalla
Ingredientes:
500g de bacalhau
250g de batatas raladas (como para batata palha, bem fina)
4 tomates frescos maduros
1 cebola média ralada
1 dente de alho amassado
1 pimenta dedo de moça
250ml de vinho branco seco
sal
1 colher (sopa) de óleo
salsinha
Modo de Fazer:
Desfie o bacalhau, sem peles e espinhos, bem miudinho e deixe de molho na água de um dia para o outro, trocando a água algumas vezes.
Leve o óleo ao fogo, frite a cebola e o alho. Acrescente o bacalhau, refogue ligeiramente, junte o vinho branco e deixe evaporar. Em seguida acrescente os tomates picados, sem peles e sementes, e a batata ralada. Misture, acrescente um pouco de água e deixe apurar o molho. Prove o sal, se necessário corrija. No final ponha a pimenta e a salsinha picadinhas. Deixe o molho no fogo baixo, cozinhando lentamente até o bacalhau ficar bem desmanchado e o molho consistente.
Montagem:
Sobre as fatias de polenta grelhada, coloque uma generosa camada de molho de bacalhau. Enfeite com salsinha e sirva.
Notas:
Conserve a polenta quente.
Aconselho a esquentar o prato, mergulhando-o em água quente, para que a temperatura da polenta seja conservado.

Luciana Macedo - Cafezinho das Cinco

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Cozinha Magia - Polenta em Camadas

Esta é a minha participação para o desafio do Quattro Ragazze Brasiliane Nella Cucina Italiana, uma polenta bem comum, mas muito gostosa, ideal para dias frios, apesar que polenta prá mim não tem dia. A minha avó fazia polenta com molho de carne, eu fiz algumas mudanças, intercalei o molho com camadas de polenta e fatias de mussarela. Fica ótima acompanhada por rúcula bem fresquinha (dica da Mere).


Polenta em Camadas

Ingredientes:
(polenta)
2 xícaras (chá) de flocos de milho pré-cozidos
3 xícaras (chá) de água fria
2 xícaras (chá) de leite frio
1 dente de alho picado
1 colher (sopa) de azeite
1pitada de pimenta do reino
Sal a gosto
1 colher (sopa) de orégano
(molho de carne)
250g de patinho moído
1/2 cebola grande, picada
1 dente de alho, picado
1 Kg de tomates (tipo italiano), sem sementes, batidos no liquidificador
1/2 pimentão vermelho, picado
1 cenoura, ralada no ralo grosso
1/2 taça de vinho tinto seco (cerca de 80 ml)
Temperos a gosto (usei manjericão, tomilho, cheiro verde, sal, pimenta, e orégano).
(outros ingredientes)
300g de mussarela fatiada
50g de parmesão ralado no ralo grosso

Preparo: (molho de carne) - Comece com os tomates: para retirar as sementes, abra o tomate ao meio e esprema as metades. Nunca lave o tomate para retirar a semente, o sabor vai embora junto com a água. Pique os tomates e coloque no liquidificador. Reserve.
Feito isso, coloque o azeite numa panela, de preferência com anti-aderente. Panela de alumínio e o tomates não combinam. Coloque a carne e refogue até que esteja soltinha e cozida. Junte a cebola, o alho, o pimentão, a cenoura, o vinho e mexa por 3 minutos. Adicione os temperos e os tomates batidos. Mexa bem, tampe a panela e leva ao fogo baixo para que o molho reduza e perca a acidez. Esse processo pode levar cerca de 1 hora em fogo baixo. Vá mexendo e verificando o molho para que não queime. Verifique sal e pimenta. Estará pronto quando estiver com aspecto encorpado e não sentir acidez. Se necessário, junte um pouco de água para que cozinhe sem queimar. Reserve

(polenta) - Frite o alho no azeite e acrescente o leite e a água. Junte a farinha de milho e os demais ingredientes e mexa em fogo médio até engrossar. Assim que engrossar cozinhe por mais 5 minutos. Utilize.
(montagem) - Em um refratário untado com azeite coloque camadas da seguinte forma: polenta, molho e mussarela e vá intercalando até terminar a polenta. Finalize com molho e parmesão ralado. Leve ao forno 180ºC, pré-aquecido, por 15 minutos ou até gratinar o queijo. Consumir imediatamente.


Letícia - Cozinha Magia

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Gafes brasileiras na cozinha da Itália

Este texto foi escrito por um rapaz chamado Rafael Arrais Biihrer, que vive na Itália e fala sobre coisas que vemos todos os dias e são uma aberração para os italianos. Eu concordo com ele, e vocês?

Gafes brasileiras na cozinha da Itália

Por Rafael Arrais Biihrer

Se um paulistano da Mooca já surta quando te vê colocando catchup num pedaço pizza, imagina então a frescura de um italiano quando o assunto é comida.

Por isso, eis uma listinha de alguns dos nossos mitos da cozinha italiana - sacrilégios mortais para o pessoal daqui, tão perigosos de serem pronunciados em público quanto o nome “Roberto Baggio“.

“Pizza sempre tem molho de tomate.”

Dizer pra um italiano que nossa pizza 4 queijos tem molho de tomate é quase como dizer que os chineses comem barata, escorpião, gafanhoto, cachorro…

Na Itália, existe a pizza vermelha, com molho de tomate debaixo da cobertura, e a branca, sem o molho. Aqui, metade ou mais dos sabores de pizza têm a base branca. Tem pizza com centenas de sabores, mas o molho de tomate tem que “combinar” com eles pra ser usado. Inclusive, um sabor muito comum é a “pizza rossa“, só com de molho de tomate sobre a massa e mais nada.

“É bom comer uma saladinha verde pra acompanhar a pasta.”

Nãããão… Italiano come tudo separadinho, uma coisa por vez, sem misturar. Antipasto (frios, petiscos, bruschetas); depois o primeiro prato (a dose de carboidratos da refeição: uma pasta, pizza, sopa ou risotto); depois o segundo prato (a dose de proteínas: uma carne, ou prato com ovo ou queijo); em seguida o contorno (salada, legumes, verdura ou cereais) e sobremesa.

“Comer pasta com a ajuda de uma colher é suuuper-fino.”

Amigô, quem usa a colher como base pra enrolar uma pasta longa aqui na Itália é porque não sabe comer. É coisa de gente sem educação ou de pasta mal-feita.

“Espaguete é macarrão! É tudo macarrão!”

EEEEEEPAAAAA!!! Perae! Spaghetti é spaghetti, maccherone é maccherone ! Spaghetti é aquele da Dama e o Vagabundo! Maccherone tem um buraquinho no meio, pode ser menorzinho, e se você tenta chupar faz barulhinho nojento. Brasileiro faz qualquer miojinho e diz que é “espaguete à bolonhesa”.

“Mas o espaguete à bolonhesa, pelo menos, é original!”

Ok, o ragù bolognese é realmente aquele de tomate e carne, mas originalmente deve ser servido com tagliatelle, aquele achatadinho, e não com spaghetti. E tem que ser tagliatelle ao ovo, que é mais amarelinho.

Cada prato exige um tipo de pasta mais adequado, seja pelo formato (que prende mais o tipo de molho) ou pelo tipo de ingrediente usado na composição da pasta (funghi, espinafre, pimenta…) - Ou vocês acham que existem mais de 50 tipos de pasta só pra deixar a refeição mais lúdica?

Ainda tem muito mais ‘gafes’ na nossa ‘cozinha italiana’ do que a gente imagina, mas isso não tem como não acontecer com uma culinária que é tão apreciada no mundo todo. Pepperoni não é salame e salsiccia não é wurstel ! Já fui quase trucidado por fazer um ragù com molho vermelho e branco misturados, mas também ainda não entendi qual é a lógica de uma ‘pasta com feijão’ ou de um ‘lanche de batata’.

Fonte: http://arrais.wordpress.com/2008/06/22/mythbuster-da-comida-italiana/

Canela Moída - Polenta Doce

A história é a seguinte:

Tinha eu um pacote de leite quase a terminar o prazo e precisava de o usar para alguma coisa antes que se estragasse. Resolvi fazer uma pesquisa no site da Vaqueiro e encontrei algumas sobremesas. No entanto, a que mais me chamou a atenção foi esta Polenta Doce. Confesso que há alguns meses tinha comprado a farinha de milho para fazer polenta, mas acabei por não fazer. Esta foi uma boa oportunidade para experimentar uma espécie de Polenta.
Em conversa com a Nana, perguntei se ela conhecia Polenta Doce, ela é de descendência Italiana, pensei que ela soubesse que existia uma Polenta Doce :) Afinal, nunca tinha ouvido falar...
Mas a Nana disse-me que o primeiro evento do blog Quattro ragazze brasiliane nella cucina italiana seria dedicado à polenta. Então guardei para publicar quando saísse o desafio e aqui estou a apresentar uma Polenta que não tem história familiar nem é uma criação minha... surgiu porque um pacote de leite já estava a ficar desesperado na prateleira.
E é com muito prazer que participo do novo blog das quattro ragazze ;)

Ingredientes:
7,5 dl de leite
125 g de açúcar (achei que ficou pouco doce, para a próxima acrescento mais 25g)
2 limões
160 g de farinha de milho fina
1 ovo
4 gemas
70 g de margarina
pão ralado
açúcar em pó

Preparação:

Leve ao lume o leite com o açúcar e uma casquinha de limão. Deixe ferver e retire a casquinha de limão. Junte a farinha de milho, em chuva, a pouco e pouco e mexendo sempre (passei a varinha mágica porque ficou com grumos). Deixe cozer sobre lume brando, sem parar de mexer, durante cerca de 30 minutos (cansei-me a meio, só mexi 15 minutos porque não sou nenhuma máquina). Retire do calor e deixe arrefecer, mexendo de vez em quando. Quando estiver quase fria, adicione o ovo inteiro, as gemas, a margarina em bocadinhos e a raspa da casca dos limões. Misture bem e deite a massa preparada numa forma redonda, previamente untada com margarina e polvilhada com pão ralado. Coza em forno moderado (180 °C) durante cerca de 20 minutos. Desenforme sobre o prato de serviço e polvilhe com açúcar em pó. Sirva de imediato.



Eu gostei mais da polenta fria, mas morna também é boa ;)


Ameixa Seca - Canela Moída

domingo, 17 de agosto de 2008

Magia na Cozinha - Soft Polenta

Quando vi o desafio das meninas do Cucina Italiana Brasileira não resisti a tentação e logo quiz participar! Primeiro, porque adoro polenta. Segundo, porque já tinha uma receita que havia experimentado e da qual havia gostado bastante: A Soft Polenta ou Polenta Mole, se traduzirmos ao pé da letra.

Logo que me mudei para os EUA, achei que eles não comiam polenta por aqui, mas não é verdade. Eles comem sim. Inclusive, as revistas de Culinária tem muitas sugestões originais e gostosas.


Na minha família sempre foi feita polenta cozida, frita ou no forno com algum recheio de carne. Quando vi esta receita de Soft Polenta no Everyday Food me interessei e quiz experimentar, pois era diferenta daquilo a que estava acostumada.
Nesta receita a polenta leva mais líquido para ficar mais mole do que o jeitinho tradicional. Pode ser consumida bem mole, logo que sai do fogo. Ou, então, mais firme, mas não dura.

Para modelá-la, como nas fotos, basta colocá-la num pirex ou forma untada e levar a geladeira por, pelo menos, 3 horas. Fica super fácil de desenformar e cortar. Mesmo firme ela não perde a textura de mole. E não tente fritar. Não dá certo! Palavra de Bruxa!

Em compensação, se desejar, pode assar no forno. Basta fatiar a polenta, pincelar com azeite de oliva e levar ao forno até ficar douradinha.

Outra coisa que gostei muito nesta receita, é que ela leva certa quantidade de manteiga que dá um sabor especial, mais rico. Valeu o aprendizado e certamente farei outras vezes!


Ingredientes:

4 xícaras de água
1 1/2 colher chá de sal grosso (usei comum)
1/8 colher chá de pimenta-do-reino
Italian Seasoning a gosto (adicionei por conta)
3/4 xícara de farinha de milho amarela
3 colheres sopa de manteiga



Modo de Preparar:

Numa panela grande, em fogo alto, ferver a água com o sal e a pimenta. Gradualmente adicionar a farinha, mexendo sempre. Reduzir o fogo e cozinhar, ainda, mexendo sempre, com a vara de arames até engrossar. Retirar do fogo e acrescentar a manteiga, misturando bem.

Servir imediatamente ou colocar a polenta num prato refratário ou forma do tipo para pão, levemente untado com óleo. Cobrir com papel filme e levar à geladeira por 3 horas até firmar.

Se desejar assar a polenta, depois de firme, virar sobre uma tábua e cortar em fatias. Pincelar levemente com óleo e levar ao forno, de 10 a 20 minutos ou até dourar.


Nota:
Eu coloquei os temperos, quando a polenta já estava quase no ponto. Não gosto de colocar na água como indica a receita, mas fica a critério de cada um.

Claudia - Magia na Cozinha

Manga com Pimenta - Polenta Al Funghi Freschi di Bosco

Essa é minha receita para o desafio do blog Quatro Ragazze Brasiliane Nella Cucina Italiana.
Em casa nunca tivemos uma tradição alimentar ou receita de família, mas como bons italianos sempre comemos bem e nunca faltava um prato desta culinária.
Essa polenta é maravilhosa para os dias frios.
Espero que gostem!




Polenta Al Funghi Freschi di Bosco

Ingredientes

Molho
20 gr de alho
80 ml de azeite
200 gr de shitake
150 gr de cogumelo fresco
125 fundo escuro de carne (caldo)
20 gr de salsinha
A gosto alegrim fresco picado

Polenta
800 ml de água
250 ml de creme de leite fresco
200 gr de fubá
60 gr de manteiga
60 gr de parmessão ralado
60 gr de pecorino (queijo)
A gosto pimenta do reino e sal

Modo de preparo
Dourar o alho com a metade do azeite.
Agregar o alecrim, shitake e os cogumelos e refogar.
Adicionar o caldo escuro e deixar reduzir e encorpar.
Agregar a salsinha e reserve.
Em uma panela, ferver a água e adicionar sal, pimenta do reino, azeite e o creme de leite.
Agregar o fubá, aos poucos, mexendo sempre.
Cozinhar em fogo lento até a polenta engrossar e desprender do fundo da panela.
Caso seja necessário adicionar mais leite.
Acrescentar o parmesão, a manteiga e o pecorino.
Servir quente com os cogumelos refogados.

Dica: Diluir o fubá numa parte do leite para não ter o descuido de criar grumos.

Nana - Manga com Pimenta

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Desafio da nossa cozinha - La Polenta

Este é o primeiro evento da nostra cucina! E é um desafio prá lá de gostoso, o qual consiste em preparar uma receita de Polenta.
As regras para participar deste evento são as seguintes:
Preparar uma receita de polenta, com fotos.
A publicação deve conter o selo do Desafio.
Contar a história da receita, quem a preparava, se é originária de alguma região específica da Itália, e se é uma receita de família. Se for uma criação recente, dizer o que inspirou a criação, enfim, contar o histórico da receita. Se desejarem, acrescentem fotos de família, da pessoa que fazia a receita.
As receitas devem ser colocadas nos blogs das participantes entre os dias 15 de agosto a 30 agosto e um e-mail deve ser enviado para cucinaitalianabrasileira@gmail.com, com o link de publicação. Caso a pessoa não tenha blog, enviar a receita com fotos para o mesmo e-mail, neste mesmo período, todos os créditos serão publicados juntamente com a receita.
As receitas serão publicadas no nosso blog, com o link para o blog da participante, na ordem de recebimento do e-mail.
Cada participante pode enviar quantas receitas desejar.
Fica aqui uma música para inspirá-los a participar deste evento.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

La Polenta

Pietro Longhi - La Polenta

A Polenta, é um alimento muito antigo, anterior ao surgimento do pão.
Preparada com condimentos delicados e molhos tradicionais, é ótima para ser servida com acompanhamentos variados, desde embutidos (presunto, linguiça, mortadela e outros), carnes, queijos até cogumelos e ostras.
Pode ser comida sozinha, pura, frita ou com molho, na condição de entrada, prato principal ou acompanhamento. Combina com molhos à base de tomate, ervilha, espinafre e outros vegetais; queijos, como fontina, gorgonzola, mascarpone e toma; cogumelos variados; carnes de aves, porco, javali e inúmeras caças.
Na Itália, quando preparada em casa, a polenta assume caráter familiar.
Comida de inverno, é preparada em grande panela de cobre, o paiolo, freqüentemente pendurado na lareira e todos ficam em volta do fogo. Observam a farinha cair na água, a massa ser mexida sem parar com a colher de madeira.
Basta uma pequena distração para formar grumos - uma calamidade difícil de contornar.
Cerca de 45 minutos depois de iniciada, a polenta está pronta para ser colocada na "tafferia", uma tábua redonda, e ajeitada com uma espátula umedecida. A tradição manda fazer uma cruz no centro, antes de fatiar com um cordão. Havia sorteio para decidir quem ficaria com a crosticina - a casquinha crocante que gruda no fundo e nas paredes do paiolo.
Alguns países têm pratos assemelhados.
No Brasil era pouco apreciada, durante muito tempo seu consumo esteve restrito ao Rio Grande do Sul, por influência dos colonos do norte da Itália. A cozinha mineira prepara o angu, elaborado com farinha de milho muito fina, obrigatoriamente sem sal.
Um ponto igualmente discutido é o nome do prato: para alguns, viria do grego poltos, sopa feita com trigo ou cevada.
Outros sustentam derivar do latim pollen, flor de farinha. Também se acredita vir de puls ou pulmentum, um mingau preparado com grão cozido de trigo ou fava.
O gastrônomo romano Marco Gavio Apicio, que escreveu no século 1.º d.C. o mais importante receituário de seu tempo, intitulado "De re coquinaria", dá a receita de quatro pultes, uma delas feita com farinha (trigo ou fava), leite, mel e sal.
Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, em seu Novo Dicionário da Língua Portuguesa, limita-se a registrar que polenta vem do vocábulo homônimo italiano e significa massa ou pasta de farinha de milho.
Marcella Hazan, professora de culinária em Veneza, autora de Fundamentos da Cozinha Italiana Clássica, lançado no Brasil em 1997, pela Livraria Martins Fontes Editora, gostaria de encerrar essas divergências. Na sua opinião, polenta seria uma palavra intraduzível. Chamá-la de massa ou pasta ou mingau de farinha de milho é fazer "uso indelicado da língua".
Consta que o seu surgimento aconteceu com o cultivo de grãos no Egito há 6000 anos. A princípio eram ingeridos sem qualquer processamento, e depois eram transformados em farinhas, por um um processo rudimentar: triturados entre duas pedras em movimentos rotatórios.
Adicionados à água, a massa obtida era colocada sobre pedras aquecidas.
Atribui-se, porém, aos romanos o pioneirismo no consumo da polenta. Preparavam um prato denominado "pultem", com grãos de fava ou farro (cereal semelhante ao trigo, porém bem mais duro) esmagados e cozidos com água, de consistência mole, o qual temperavam com queijos, carnes ou molhos diversos.
Os Soldados das legiões de César em suas expedições, carregavam apenas a farinha de fava ou farro e acrescentavam água ou leite dos locais onde estivessem.
Com o esfacelamento do Império Romano e a invasão dos bárbaros, a alimentação medieval baseava-se na culinária romana, a polenta se constituía na base de toda alimentação, o que persistiu por toda Idade Média.
Constante na mesa dos camponeses, muitas vezes como único alimento, era também um dos pratos mais usados pelos nobres, principalmente em grandes banquetes, por ser um ótimo acompanhamento de carnes e aves selvagens, muito apreciados à época, dada a grande fartura.
Os cartagineses a temperavam com mel, ovos e queijos.
Na data de 1300, um manuscrito descreve uma "torta de farro" parecida com a polenta atual: temperada com leite, toucinho e queijo e gratinada em recipiente coberto.
Século seguinte há o registro de uma receita que aconselha a cozinhar a farinha de farro em caldo de carne e temperá-la com gordura de porco, queijo, carne, açúcar, ovos e açafrão.
Foi somente depois da descoberta da América, com a difusão do milho pela Europa, no Século XVI, que a polenta passou a ser também preparada a partir do milho.
Na Europa, o milho, essa planta da família das gramíneas começou a ser cultivada pelos espanhóis da Andaluzia e dali se espalhou pelo resto do continente. Na Itália, chegou por Veneza, no início do século 16, obtendo sucesso instantâneo. Fácil de cultivar, crescendo rápido, saboroso e nutritivo, o milho matou a fome de sucessivas gerações. Seus grãos foram imediatamente socados e transformados em polenta.
Porém, a paternidade da polenta é disputada pelas regiões do Friuli e Lombardia.
A primeira apresenta documentos mostrando o consumo de milho já em meados do século 16. A rival afirma que essas provas são insuficientes para atestar a primazia do prato. Os lombardos assinalam que Bergamo, uma de suas cidades, possui as mais antigas receitas italianas de polenta, datadas do século 17.
Amarela ou branca, a polenta acabou conquistando o paladar dos ricos e se espalhando em todas as classes sociais. A fórmula original ou variações da receita foram perpetuadas pela arte.
Na Itália, seu uso varia conforme a região.
Na região norte, é preparada frequentemente com ervas aromáticas, perdendo a característica de cozinha simples e popular.
Em Cremona, cidade da região da Lombardia, a polenta é famosa por receber molhos deliciosos enobrecidos com ervas aromáticas como a hortelã, ou numa receita clássica que leva "lumache" (escargots) misturados a uma porção de cogumelos secos.
No Friuli, serve-se a polenta sob filés de rodovalho (linguado gigante, o turbot dos franceses) aromatizados com alho.
No Vêneto, acompanha receitas típicas de bacalhau.
No centro do país, harmoniza-se com a linguiça de porco.
No Piemonte, transforma-se em prato sublime. Sobre finas fatias de polenta coloca-se ovo frito em manteiga e lâminas de trufa branca.

Fonte:
Estado de São Paulo - www.estadao.com.br
Italia Oggi - http://www.italiaoggi.com.br
Foto - http://i102.photobucket.com/albums/m102/st_giac/LAPOLENTA1740cadiPietroLonghi1702-1.jpg

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Con Te Partiro

Sinto-me uma criança sentada na praia e com os meus dedos trilhando um caminho sem fim a procura de respostas diante a areia branca e o horizonte do Oceano Atlântico, a procura do velho mundo.
Descobri tantas histórias, dados familiares e estou emocionada com tudo isso.
Não só eu, como o meu padrinho que acompanha esse blog e todas as minhas descobertas com tanto carinho e emoção.

Essa música significa muito para mim, com a vinda dos italianos para o Brasil a procura de uma vida melhor, esperanças e realizações.
Sempre quando a escuto, sinto-me no navio que trouxe os meus bisavôs para o Brasil depois de uma longa espera da querida Joana (Giovanna) do seu amado Ângelo em Foggia na Itália.

Time To Say Goodbye - Con Te Partiro

Hora De Dizer Adeus





Quando sono sola
sogno all'orizzonte
e mancan le parole,
si lo so che non c'e luce
in una stanza quando manca il sole,
se non ci sei tu con me, con me.
Su le finestre
mostra a tutti il mio cuore
che hai accesso,
chiudi dentro me
la luce che
hai incontrato per strada.
Time to say goodbye.
Paesi che non ho mai
veduto e vissuto con te,
adesso si li vivro.
Con te partiro
su navi per mari
che, io lo so,
no, no, non esistono piu,
it's time to say goodbye.

Quando estou sozinha eu sonho com o horizonte e me faltam palavras.
Não tem luz em uma sala sem sol
E não tem sol se você não está aqui comigo, comigo.
De cada janela abre o meu coração, o coração que você conquistou.
Em mim você despejou a luz,
A luz que você achou ao lado da estrada.
Hora de dizer adeus.
Lugares que eu nunca vi nem estive com você.
Agora eu devo, eu vou navegar com você em barcos atraves dos mares,
Mares que já não existem,
É hora de dizer adeus.

Quando sei lontana
sogno all'orizzonte
e mancan le parole,
e io si lo so
che sei con me, con me,
tu mia luna tu sei qui con me,
mio sole tu sei qui con me,
con me, con me, con me.
Time to say goodbye.
Paesi che non ho mai
veduto e vissuto con te,
adesso si li vivro.
Con te partiro
su navi per mari
che, io lo so,
no, no, non esistono piu.

Quando você está distante eu sonho com o horizonte e me faltam palavras.
E é claro que eu sei que você está comigo, comigo.
Você, minha lua, você está comigo.
Meu sol, você está aqui comigo, comigo, comigo.

Hora de dizer adeus.
Lugares que eu nunca vi nem estive com você.
Agora eu devo, eu vou navegar com você em barcos atraves dos mares,
Mares que já não existem


con te io li rivivro.
Con te partiro
su navi per mari
che, io lo so,
no, no, non esistono piu,
con te io li rivivro.
Con te partiro
Io con te.

Irei revive-los com você
Irei com você em barcos atraves dos mares
Mares que já não existem
Irei revive-los com você
Irei com você
Você e eu.

Letra: http://letras.terra.com.br/sarah-brightman/912731/ e http://letras.terra.com.br/sarah-brightman/5901/

La bella Italia

Fui convidada para fazer parte desse blog pelas Nana e Letícia , me senti muito especial pois tudo que se diz respeito a Itália me atrai ... sou uma brasileira com sangue de origem 100% árabe , mas tenho o coração dividido igualmente em árabe e italiano , e o que mais amo nesse nosso Brasil é essa mistura que nos faz ter o imenso prazer de conhecer um pouquinho de cada país.
A primeira vez que eu fui a Itália me senti completamente "em casa" como se fosse meu país mesmo..e o interessante é que nessa mesma viagem(de mochila)eu conhecí grande parte da Europa , e nenhum outro lugar me fez esse efeito mágico , encantador , apaixonante..
Nessa época eu ainda não tinha me entregado à paixão pela gastronomia .Os anos se passaram e sem nenhum motivo especial , comecei a estudar a lingua italiana , e o interesse cresceu ainda mais , pelo cinema , musica , enfim ... me tornei uma fã ardorosa do país , até que o destino me deu a oportunidade de viver por quase dois anos entre Milão e Bologna , conhecida como a capital da gastronomia italiana..
Devo dizer que não só Bologna , mas os italianos em geral respiram comida ... fazem do horário do almoço ou do jantar um momento único , cultivam , desde sempre , o que está na moda agora , o "slow food" de um modo natural , inato , e desde então , eu que antes de ir já era apaixonada por gastronomia , me apaixonei perdidamente por esse estilo de vida , pelos simples e ótimos ingredientes , pela variada e farta comida mediterranea e pelo ritual que é comprar os ingredientes , cozinhá-los e depois como se fosse um show: degustá-los:)
Espero poder ser uma boa colaboradora
A presto!!!
Dri