Existem duas teorias sobre a origem da palavra mortadela. A primeira indica que o recheio de porco que este enchido contém era, no passado, moído finamente, de forma tradicional, até chegar a uma consistência de goma, sendo usado para este efeito um almofariz, conhecido em Italiano como mortaio. O nome poderia, assim, ser proveniente da utilização deste instrumento. A segunda teoria sugere que o nome mortadela pode ser derivado de uma salsicha romana temperada com murta, em vez de pimenta, designada pelos romanos como farcimen mirtatum.
Nos dias de hoje, a designação Mortadella Bologna é uma denominação de origem protegida, de acordo com as normas da União Europeia. A zona de produção é extensa, incluindo as regiões de Emília-Romanha, Piemonte, Lomardia, Véneto, Marche, Toscânia, Lácio e Trento.
Segundo esta designação, a Mortadella Bologna, de suíno puro, é um enchido cozido, de forma cilíndrica ou oval, de cor rosa e perfume intenso. Na sua preparação, são usadas apenas carnes e gorduras de elevada qualidade, trituradas de forma adequada, por forma a se obter uma pasta fina. Ao ser fatiada, a superfície deve apresentar-se aveludada, com uma cor rosa viva e uniforme. Emana um perfume particular e aromático, sendo o seu sabor típico e delicado. Noutras regiões da Itália, para além da versão bolonhesa, existem outras variações, tais como a de Prato, na região da Toscânia, temperada com alho, e a de Amatrice, no norte do Lácio, com um sabor ligeiramente defumado.
Em Portugal, as mortadelas comercializadas possuem um diâmetro raramente superior a 10 cm, sendo as fatias normalmente cortadas com cerca de 2 mm de espessura. Na Itália, é possível encontrar mortadelas de diâmetros bastante superiores, sendo também comum as fatias serem cortadas consideravelmente mais finas. No Brasil, a mortadela comercializada é composta de 60% de carnes, 10% de miúdos e 30% de gordura. Há variedades feitas com carne de aves (geralmente frango), e mais de 100 mil toneladas são consumidas por ano.
Fonte: Colégio São Francisco, Wikipédia