Famiglia Biffi e Fuzaro
Biffi: Descende de Milão, capital da Lombardia.
Brasão de Milão
Minha ascendência Biffi vem por parte do meu avô materno e a Fuzaro, pela minha avó Materna. Sempre fomos uma família bem italianada, comendo muito, falando alto e com muita festa em qualquer ocasião. Mas isso vem de muito tempo atrás.
Meu avô, Otávio Biffi e minha avó, Anna Angela Fuzaro
Meus Bisavós Rosalina Vascone Fuzaro e Vicente Fuzaro, nasceram na Itália e migraram ao Brasil num grande navio, onde se conheceram, em busca de emprego. Desembarcaram em Santos e logo rumaram ao interior de São Paulo, em Pirassununga. Lá casaram e começaram o seu trabalho na lavoura, trabalhando de sol a sol por um mísero prato de comida. Após alguns anos de casado nasceu minha avó, Anna Angela Fuzaro. Depois de um longo tempo trabalhando, meu Bisavô comprou uma fazendinha em Descalvado, interior de São Paulo e logo se mudaram para plantar café, criar cabeças de gado e vender pra comerciantes da cidade, tarefa da qual começaram tirar seu sustento. Minha avó cresceu cuidando dos seus 9 irmãos menores e ajudando meus bisavós na roça.
Minha Avó, Anna Angela Fuzaro Biffi, a 1° da esquerda em pé de preto!!
Ela contou que usavam as roupas feitas pela minha bisavó, com tecido que meu avô ganhava na barganha do gado e era usado um par de sapatos por ano, apenas nas ocasiões especiais. Durante o dia e em casa, andavam descalço. Quando ela ia levar café pro meu Bisavô na mangueira, ia descalça cedinho e pisava na grama cheia de orvalho da manhã que era super gelado e pensava "Ai Deus, não deixa sentir tanto frio, por favor!!". Imaginem, morri de dó.
Um fato interessante, ela conta que meu bisavô matava porcos e que armazenavam a carne do porco numas latas grandes dentro de sua própria gordura para comerem (que hoje damos o nome fino de confit). Achei incrível pois vemos através destes fatos, que certas técnicas da nossa culinária atual provem de muito tempo atrás.
Nas épocas festivas, meus bisavós faziam questão que toda família estivesse junta e que os presentes daquela época eram bem diferentes dos de hoje. Minha avó se lembra de ter ganhado bonequinhas de celulóide, latas de bolachas, cestinhas de bordado e até lancheira, e achavam aquilo a melhor coisa do mundo, porque naquele tempo, as crianças não tinham nada e davam muito valor quando tinham a oportunidade de ter algo diferente.
Assim cresceu minha avó até conhecer meu avô, Otávio Biffi. Que também teve os pais imigrantes da Itália, que vieram trabalhar na lavoura também.
Quando meu avô completou 18 anos, deixou a sua família na lavoura e veio para a Capital servir o exército, onde trabalhou por 4 anos. Numa certa visita aos seus pais em Descalvado, meu avô conheceu minha avó e dali a pouco já estava ela vindo a São Paulo procurar casa com meu vovô. Casaram-se em Descalvado e depois de um tempo vieram pra Capital. E ai nasceram a minha mãe e os meus tios. Ana Maria Biffi, Sérgio Luis Biffi e Luis Antonio Biffi. Reparem que nenhum recebeu o nome Fuzaro de minha avó, assim como eu, que só tenho o Santos do meu pai e não recebi o Biffi de minha mãe. Estou entrando com a documentação para incluir o Biffi no meu nome, pois sinto falta dessa minha parte italiana.
Falo só dos meus avós maternos pois são os imigrantes italianos. Da parte de meu pai são todos espanhóis. Minha avó hoje tem 85 anos, mora conosco e é a mais ativa da casa. Eu e ela disputamos o fogão, pois ela é a dona da cozinha e agora que estou me formando ela acha que tudo que faço ta errado e ruim. Ela é uma cozinheira exímia. Meu avô faleceu quando tinha 7 anos, mas era um senhor excepcional, muito querido por todos e que tinha um xodó inestimável por mim. Pena que não consegui aproveitá-lo.
Mas é isso, esse é um pequeno pedacinho da história da minha familia. A partir de hoje estarei aqui colaborando com as meninas para tornar esse blog cada vez melhor e informativo.